Agora que os dias começam a ficar maiores e solarengos, aproveite para descobrir o Portugal natural incrível que temos. Sugerimos que pegue na sua melhor roupa de verão, sapatos confortáveis, chapéu e protetor solar para desfrutar do ar livre nos lindos Parques Naturais do continente e ilhas.
Siga por este trilho e descubra as nossas sugestões de Parques Naturais.
Parque Natural do Alvão, Mondim de Basto
Com uma área total de 7 220 há, abrange os concelhos de Mondim de Basto e de Vila Real, as Serras do Alvão e do Marão. O grande ex-libris são as Fisgas de Ermelo, as maiores cascatas de Portugal, que impressionam a quem as visita.
Mas a fronteira natural entre o Minho e Trás-os-Montes tem muito mais para desfrutar e reúne o que a natureza tem de melhor destas duas regiões. Um pouco por toda a extensão do parque é possível observar matos baixos e formações rochosas, espigueiros, capelas, azenhas, frondosas galerias ripícolas ao longo do rio Olo, as velhas aldeias de montanha onde ainda se realizam atividades rurais tradicionais.
Parque Natural do Douro Internacional
Com uma área de cerca de 86 834,82, podemos encontrar uma vegetação dominada pela azinheira, bosques de zimbro e manchas de carvalho-negral
Este é um lugar fundamental para a conservação da avifauna, um dos mais importantes a nível nacional e ibérico. As aves são o grupo animal com maior representatividade nesta área quer pela diversidade, como pelas espécies ameaçadas que aqui nidificam com destaque para as aves que nidificam em zona rochosas, como o abutre-do-egipto e a águia-de-bonelli. Este é um lugar imperdível para os amantes de birdwatching.
Há trilhos perto do magnifico rio Douro e outros interiores, ao longo dos quais, é possível encontrar bonitas albufeiras e ouvir o Mirandês, uma língua tão rica e típica desta zona.
Parque Natural Peneda-Gerês
Tem cerca de 70 mil ha, dos planaltos da Mourela ao de Castro Laboreiro incluindo as serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês. É o único Parque Nacional considerado pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera. Os seus vales profundos suportam uma densa rede hidrográfica que possibilita uma grande variedade de formas de vida. Uma área rica em bosques, matos, vegetação ripícola e turfeiras, para além de matos húmidos, onde se destacam espécies raras e endémicas. Casa de um dos mais importantes carvalhais em Portugal e de espécies de diferentes estatutos, como o lobo ibérico que é espécie ameaçada.
Para além da fauna e flora, é imperdível a riqueza cultural com necrópoles megalíticas, vestígios de romanização, castelos, espigueiros tradicionais, velhos fornos, moinhos de água, levadas, socalcos, brandas, inverneiras, termas e tradições especificas, entre outras.
Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros
Um dos maiores reservatórios de formações calcárias a nível nacional abrange os concelhos de Alcanena, Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém e Torres Novas, por entre os mais de 38 000 ha.
A paisagem é feita de falhas, escarpas e afloramentos rochosos. O grande destaque são as Grutas de Mira de Aire que, graças à intricada rede subterrânea de cursos de água, apresenta uma rara profusão de formas de estalactites, estalagmites e outras. Neste lugar, existem mais de 100 espécies de aves – destaque para os morcegos – e mais de 600 espécies de flora, onde se incluem orquídeas selvagens e espécies endémicas de Portugal
Parque Natural da Ria Formosa, Algarve
De um lado o mar, do outro, a ria que é alimentada por pequenos cursos de água doce, em regime sazonal. A zona húmida mais importante de Portugal, possui uma extensão de 17 900,77 ha, vários habitats (dunas, sapais, vasas, áreas de pinhal e zonas agrícolas) perfeito para albergar muitas espécies, sobretudo, de aves. Muitas aves aquáticas migratórias do Norte da Europa vêm passar o inverno ou usam este lugar como escala em direção a sul. Destaque para o camão, para a garça-branca-pequena e as populações de cegonha-branca. A andorinha-do-mar anã, uma das aves mais ameaçadas na Europa, faz ninho nas dunas e salinas. É então, um outro parque imperdível para os amantes de birdwatching.
Para além da rica fauna e flora possível de desfrutar, há muitas outras atividades das quais podemos usufruir: as praias algarvias a poucos quilómetros, o forte setecentista de Cacela-a-Velha, Olhão e Tavira.
Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
Com uma vasta extensão distribuída entre zona terrestre (60 577,25 ha) e marinha (28 991,52 ha) possui uma grande diversidade de habitats costeiros, como falésias, ilhotas e rochedos isolados. A flora terrestre apresenta cerca de 750 espécies de plantas, mais de 100 endémicas, raras ou localizadas onde, 12, apenas existem nesta área. De destacar ainda os charcos temporários mediterrânicos ricos em biodiversidade e, por isso, prioritários em serem conservados. A nível de aves que aqui nidificam, as mais comuns são as cegonhas-brancas. Esta é também uma importante zona de passagem de milhares de aves que partem na migração de outono. A nível de mamíferos, a lontra domina.
Na zona marinha possui um elevado nível de biodiversidade, graças à confluência de distintas massas de água e o afloramento de águas profundas que são ricas em nutrientes.